A transição de cuidados é um modelo assistencial que garante continuidade, segurança e personalização no tratamento de pacientes que saem do ambiente hospitalar, mas ainda precisa de entrega especializada antes de retornar para casa.
Esse processo é essencial para pacientes que passaram por procedimentos cirúrgicos, internações prolongadas, acidentes ou doenças crônicas e notificações de suporte clínico para uma recuperação completa e segura.
Em muitos casos, uma alta hospitalar não significa que o paciente esteja totalmente recuperado. A transição de cuidados evita reinternações desnecessárias e complicações ao oferecer:
A transição de cuidados é ideal para pacientes que precisam de:
1) Reabilitação: indicado para pós-cirúrgica ou após internações prolongadas.
A reabilitação na transição de cuidados é um processo essencial para garantir que o paciente recupere suas funções físicas, cognitivas e emocionais de forma segura e progressiva antes de retornar ao ambiente domiciliar. O foco está na continuidade do tratamento, reduzindo riscos de complicações e proporcionando uma adaptação eficiente à nova realidade de saúde.
Como funciona?
– Terapias individualizadas para recuperação motora, respiratória e neurológica.
– Suporte para autonomia nas atividades diárias.
– Adaptação progressiva à rotina, diminuindo o risco de novas hospitalizações.
2) Cuidados paliativos: garante dignidade e bem-estar no processo de tratamento.
Diferente do que muitos pensam, os cuidados paliativos não estão necessariamente ligados ao fim da vida. Eles consistem em uma abordagem multidisciplinar que busca aliviar o sofrimento, controlar sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente e pode ser aplicado em diferentes situações, tipo de doenças e idades, seja em um idoso frágil, uma pessoa com demência ou alguém em tratamento de uma doença crônica. Sempre ponderando quais tratamentos são adequados para a fase de doença daquela pessoa.
Pode ser aplicado em diversas situações, como:
- Pessoas com demências e doenças neurodegenerativas.
- Pacientes com doenças crônicas e progressivas.
Vale destacar que os cuidados paliativos sempre respeitam os valores e desejos do paciente, ponderando quais tratamentos são adequados para a fase da doença e garantindo que ele receba assistência integral, humanizada e confortável.
3) A Finitude e o cuidado até o último momento
A transição de cuidados também desempenha um papel fundamental na fase final da vida, proporcionando um ambiente onde o paciente e sua família possam viver esse momento com acolhimento e respeito.
A abordagem paliativa no contexto da finitude se baseia em:
– Alívio da dor e controle de sintomas para proporcionar mais conforto.
- Suporte emocional e psicológico para o paciente e seus entes queridos.
- Assistência para tomadas de decisão sobre os cuidados desejados.
- Respeito à dignidade e aos valores individuais, garantindo que o paciente tenha autonomia para definir como deseja ser cuidado.
Esse suporte é essencial para que o processo de despedida ocorra de maneira mais leve, valorizando cada momento e garantindo que a vida seja respeitada até o último instante.